sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O "messianismo proletário" de Marx.


A ousada afirmativa do titulo está contida em palestra do pensador junguiano David Holt (1926-2002), proferida na Royal Society of Medicine, em 21 de novembro de 1974.
Holt, que se confessa um conservador com “c” grande e pequeno, afirma que Marx “introduziu em sua análise econômica expectativas messiânicas”, fruto de sua formação judaico-cristã. Essas expectativas, das quais ele estaria - segundo Holt, inconsciente - o levaram a sacramentar o proletariado como “o povo escolhido”.
Holt vai buscar em Hegel a base de sua ousada afirmativa:
“Como a visão de Marx se relaciona com a história longa e confusa da psicologia messiânica judaico-cristã? Eu acho que a maioria dos estudantes de história das idéias concorda que a resposta está na filosofia de Hegel, e na forma utilizada por Marx ao alterar esta filosofia. Certamente foi na obra de Hegel que eu encontrei a minha primeira ponte de Marx  para Jung, 25 anos atrás.
Jung escreveu sobre filosofia de Hegel:
A vitória de Hegel sobre Kant consistiu no mais grave golpe na razão e no desenvolvimento da mentalidade germânica e, em última análise, da mentalidade européia, o mais perigoso é que Hegel era um psicólogo disfarçado que projetou grandes verdades fora da esfera subjetiva em um cosmos que ele mesmo havia criado.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário