Em 1857/58, Marx produz os “Grundrisse”, integrado por dois documentos: o Prefácio do livro “Para a crítica da Economia Política” e o FORMEN - “Formações econômicas pré-capitalistas”. Em entrevista para a IHU on line, da Unisinos, o Prof. Emir Sader, do Laboratório de Políticas Públicas da UERJ faz uma rápida avaliação da obra e de seu significado.
“Muito mais do que O Capital, os Grundrisse constituem uma reflexão mais abrangente no sentido de que aborda temas econômicos mais amplos, temas históricos, políticos, culturais e sociológicos. O livro traz elementos para uma reflexão sobre a evolução histórica da humanidade em esferas muito diferenciadas. É uma obra monumental para o conhecimento da história e do capitalismo do mundo contemporâneo.
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Ele reflete sobre o método de trabalho ao qual Marx já tinha chegado e coloca em prática. Refiro-me a todo aquele caminho de descoberta de que a realidade não é compreensível aos olhos, ou como ele mesmo diz: se o mundo fosse compreensível empiricamente a ciência seria desnecessária. Trata-se de todo esse processo de desconstrução da positividade imediata do mundo, para depois voltar a compreendê-lo como síntese concreta de múltiplas determinações. Os Grundrisse é um festival de reflexões de colocações em prática do método de Marx. É um exemplo claro de uma aplicação da dialética às distintas circunstâncias e esferas do conhecimento e da prática humana.”
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