sábado, 10 de dezembro de 2011

Karl Marx -uma chance de salvar a economia mundial ?

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Em agosto de 2011, George Magnus – consultor sênior da União de Bancos Suíços (UBS) – publica artigo no site da Bloomberg com o titulo “Give Marx a chance to save de world economy”. Nas semanas seguintes, o texto é traduzido para múltiplos idiomas e reproduzido nos mais diversos meios. No Brasil, foi publicado na Carta Capital e no site outraspalavras, com traduções diferentes. Selecionei um trecho muito interessante ( url da íntegra no final, juntamente com a do original, em inglês) onde uma citação de O Capital - “a razão última de todas as crises reais ainda é a pobreza e o consumo restrito das massas” – evidencia a afinação de Dona Dilma com o velho Karl, nos esforços para fazer da crise uma “marolinha”.
O paradoxo do excesso de produção
Marx também apontou o paradoxo de um excesso de produção e de baixo consumo: quanto mais trabalhadores permaneçam relegados à pobreza, menos serão capazes de consumir todos os bens e serviços que as empresas produzem. Quando uma empresa reduz os custos para aumentar o lucro, está sendo esperta; mas quando todas as empresas fazem isso ao mesmo tempo, minam a distribuição da renda e a demanda efetiva dos que dependem dos salários.
Este problema também é evidente no mundo desenvolvido de hoje. Temos uma capacidade substancial de produção. Porém, nas classes de baixa e média renda, encontramos uma insegurança financeira generalizada e baixas taxas de consumo. O resultado é visível nos Estados Unidos, onde a construção de novas habitações e as vendas de automóveis permanecem cerca de 75% e 30% abaixo de seus picos de 2006, respectivamente. Como dizia Marx em O Capital: “a razão última de todas as crises reais ainda é a pobreza e o consumo restrito das massas”
 Diante da crise
Como enfrentar esta crise? Para colocar o espírito de Marx em ação, os dirigentes políticos devem ter como prioridade a criação de postos de trabalho, e considerar outras medidas pouco ortodoxas. A crise não é temporária, e certamente não vai se curar pela paixão ideológica dos governos pela austeridade.”

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