sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Nem com Marx, nem contra Marx.

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Em 1997, Carlo Violi reúne textos de Norberto Bobbio ( 1909-2004) sob o titulo acima. Na Introdução, Violi afirma que Bobbio teria declarado, diversas vezes “não ser nem marxista e nem anti-marxista, e que sempre considerou Marx um clássico com quem se deveria acertar as contas”. Selecionei dois trechos que justificam o título que, com todo o respeito, exala “pessedismo mineiro”.....
“ Não era possível ignorá-lo, mas também era difícil adotá-lo para quem vinha, como eu, de uma formação liberal, que os marxistas consideravam depreciativamente burguesa.... Mas era possível continuar a ser liberal sem ser necessariamente antimarxista. O que escrevi sobre Marx está geralmente orientado a distinguir aquilo que me parece estar vivo e aquilo que está morto em sua obra, para falar com uma fórmula abusada.”
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“Deve ser considerado um intérprete da época em que viveu, de tal forma que não se pode prescindir da sua obra para que se conheça o “espírito do tempo”; deve ser sempre atual no sentido de que toda geração sinta a necessidade de relê-lo e de dar a ele uma nova interpretação; deve ter elaborado categorias gerais de compreensão histórica que se tornem imprescindíveis para a interpretação de uma realidade diversa da que lhes deu origem e à qual foram aplicadas.”
“Nem Marx, nem contra Marx” foi lançado no mercado brasileiro pela Editora UNESP, com tradução de Marco Aurélio Nogueira

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