quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Considerações sobre o Marxismo Ocidental. Parte 1

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Em 1976, Perry Anderson, na flor de seus 32 anos, publica estudo com o titulo desta postagem  onde procura demonstrar que a “história do marxismo, desde que nasceu há pouco mais de cem anos, está ainda por escrever. O seu desenvolvimento, ainda que relativamente curto no tempo, tem sido, não obstante, complexo e extenso”. Anderson afirma, na abertura do texto, que “as causas e as formas das suas metamorfoses e transferências sucessivas continuam em larga medida por explorar. O tema a que nos restringiremos nas considerações aqui apresentadas será o «marxismo ocidental», expressão que já de si indica um espaço e um tempo imprecisos”.
Selecionei 4 reflexões do estudo para postagens sucessivas. A primeira sobre os danos do stalinismo ao entendimento da obra de Marx.

“O marxismo foi em grande medida reduzido a uma simples recordação da Rússia quando a dominação de Stalin atingiu o apogeu. O país mais avançado do mundo no desenvolvimento do materialismo histórico, que tinha excedido toda a Europa pela variedade e pelo vigor dos seus teóricos, convertera-se no espaço de uma década num pântano estagnado e semi-analfabeto, só se destacando pelo peso da sua censura e pelo caráter grosseiro da sua propaganda.”

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