segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Capitalismo e florescimento da vigarice.


Em janeiro de 1873, Marx escreve o posfácio da segunda edição do primeiro volume de “O Capital” e , além de fazer um balanço da  repercussão da primeira edição (postagem de 11/09/11), constata que o rápido desenvolvimento do capitalismo na Alemanha fez “florescer a vigarice”.
“Desde 1848 a produção capitalista desenvolveu-se rapidamente na Alemanha e faz já, hoje em dia, florescer a vigarice. Mas o destino permaneceu igualmente adverso para os nossos especialistas. Enquanto se podiam entregar imparcialmente à Economia Política, faltavam na realidade alemã as condições econômicas modernas. Assim que estas condições vieram à existência, aconteceram em circunstâncias que não mais permitiam o seu estudo imparcial dentro do horizonte burguês. Na medida em que é burguesa — isto é, [na medida em que] apreende a ordem capitalista, não como etapa histórica transitória de desenvolvimento, [mas] inversamente, como figura absoluta e última da produção social —, a Economia Política só pode permanecer ciência enquanto a luta de classes permanecer latente ou se revelar apenas em fenômenos isolados.”

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