Em comemoração aos 150 anos do “Manifesto” (1998), Fernando Haddad publicou (Editora Vozes) “Em defesa do socialismo”. No capítulo “Perspectivas Concorrentes” fala da tese de Schumpeter – “destruição criativa” – e apresenta uma versão da inovação desmentida pelos avanços dos BRICs e outros emergentes.
“Quando as empresas de uma determinada jurisdição política começam a inovar, elas acabam fortalecendo indiretamente o poder político onde operam que, por sua vez, terá maior liberdade para criar um ambiente jurídico-institucional e de infra-estrutura econômica mais favorável para a atividade inovadora, gerando um processo circular e cumulativo. Dito de outra maneira, o processo de inovação não só gera lucros extraordinários para as empresas, como também, através de uma relação simbiótica com o Estado, gera externalidades que o retroalimentam. Os países capitalistas pioneiros formam então um núcleo orgânico que goza de uma riqueza “oligárquica” não universalizável. Ao contrário, as tendências do processo implicam uma polarização crescente da economia mundial numa zona periférica e numa zona de núcleo orgânico de cuja rigidez raríssimos países conseguem escapar.”
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