quarta-feira, 24 de novembro de 2010

"A religião é o suspiro da criatura oprimida."


Buscar identidades entre comunismo e cristianismo é tema recorrente. A primeira vez que testemunhei uma defesa ardorosa de que a cristianismo seria um precursor do comunismo foi em minha primeira visita a Salvador, na flor de meus 16 anos. A tese era de um comuna velho – confesso que não guardei o nome – que morava na Avenida  Sete, junto ao Campo Grande. Nos anos seguintes, li alguns artigos que ensaiavam esse malabarismo. Navegando no conflittiestrategie.splinder.com deparei com um texto interessante que retoma o texto e resolvi traduzir, com o meu precaríssimo italiano, os dois parágrafos iniciais. Para quem se interessar de ler a íntegra, em italiano, segue o endereço no final do texto abaixo.

“O comunismo e o cristianismo (pelo menos na primeira fase do "cristianismo primitivo"), foram ambos  movimentos das classes mais baixas. Em certo sentido, pode-se dizer que a religião em si é mais uma característica das classes mais baixas. "A religião é o suspiro da criatura oprimida", na visão crítica de Marx (uma crítica que, em termos hegelianos, é superação e não negação) consistia em transformar esse suspiro em uma atitude social através da adoção de instrumentos políticos e teóricos ajustados ao escopo.

No entanto, existem profundas diferenças entre o comunismo marxista e o cristianismo. O marxismo é fortemente orientado para o conhecimento da realidade histórica e social, enquanto o cristianismo, no nível cognitivo,  marca uma regressão, mesmo se comparado com as filosofias dominantes no momento em que surgiu - o estoicismo e o epicurismo - tendo prevalecido nas necessidades subjetivas, o que provocou uma fratura  entre o ser  e  mundo.”
Para ler a íntegra do texto, em italiano, acesse  http://conflittiestrategie.splinder.com/post/23637655#more-23637655


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