quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O papel da Ciência e dos cientistas


Paul Lafargue, casado com Laura, filha de Marx, relata em “Recordações Pessoais sobre Karl Marx” que viu o sogro pela primeira vez em fevereiro de 1865 e o achou profundamente debilitado. Na época, ele trabalhava no volume I de O Capital. Paul dedica parte do texto a expor a relação de Marx com a ciência e o papel dos cientistas:
Marx é um desses raros seres que ocupam, ao mesmo tempo, o primeiro plano na ciência e na vida pública. De tal maneira ele exercia essas duas atividades, que era difícil saber o que se projetava em primeiro lugar: se o homem de ciência ou o lutador socialista. Considerando que toda a ciência deve ser cultivada por si mesma e que nas investigações científicas jamais se deve temer as conclusões a que se pode chegar, ele era da opinião de que, se o homem de ciência não quiser ocupar um plano secundário, deve participar incessante e ativamente da vida pública, sem fazer do seu gabinete de trabalho ou do seu laboratório um esconderijo, antes se atirando às lutas sociais e políticas de sua época.”
“A ciência não deve significar apenas um prazer egoístico”, dizia Marx. “Os que têm a oportunidade de se consagrar aos estudos científicos deverão ser os primeiros a pôr seus conhecimentos a serviço da humanidade.” Uma de suas frases favoritas era: “Trabalhar pela humanidade”.

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