Na “comemoração” do centenário da morte de Marx, em 1983, a Federação Anarquista da França publicou uma edição especial da revista Cultural e Literária de Expressão Anarquista LA RUE. Com o titulo acima, Michel Ragon ensaia uma venenosa biografia do alemão. Denuncia, inclusive, que Marx teria engravidado a empregada que era “propriedade” da família desde os 8 anos e que jamais reconhecerá o filho bastardo. Mas, o trecho mais provocante do artigo é o último parágrafo, quando profetiza a morte do marxismo:
“O marxismo morrerá com a sociedade industrial e comercial que o fez nascer e da qual é a expressão analítica, assim como morreram o saint-simonismo e o positivismo. Não são esses os três avatares da sociedade burguesa do século XIX ? O mito cientificista dirigido para a produção acelerada, que vai dos politécnicos saint-simonianos aos tecnocratas marxistas, resultou na criação de duas formas de sociedades que se dizem antagonistas e se fundam, realmente, sobre os mesmos critérios. São elas: sociedades capitalistas e sociedades marxistas.”
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