Em março de 1848, Marx é preso e
Jenny tenta mobilizar os membros da Associação Democrática de Bruxelas – onde o
marido era vice-presidente. O democrata Gigot acompanha Jenny até a delegacia e
é trancafiado em uma cela. Marx relata o
incidente em carta ao editor do La Reforme. Segue um trecho que registra a violência
:
“Minha esposa, sob a acusação de
“vagabundagem”, foi levada para a prisão no Hôtel de Ville e trancada em uma
sala escura com prostitutas. Às 11 horas da manhã, ela foi levada, sob escolta
policial e à luz do dia, para o escritório do magistrado responsável. Por duas
horas, ela foi mantida sob forte custódia, apesar dos mais vigorosos protestos
emitidos por todos os lados. Ela foi mantida lá, no frio congelante, exposta
aos comentários mais vergonhosos feitos pelos policiais.
Finalmente ela apareceu perante o
magistrado responsável, que estava surpreso porque a polícia, em sua
solicitude, não prendeu ao mesmo tempo as crianças. O interrogatório foi,
naturalmente, uma fraude, e o único crime de minha esposa consiste no fato de
que, apesar de pertencer à aristocracia prussiana, ela possui as mesmas
opiniões democráticas de seu marido.
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