quarta-feira, 8 de maio de 2013

O diabo e o fetichismo da mercadoria.


Em 1980,  a editora da Universidade da Carolina do Norte publica o livro de Michael Taussig  “ The Devil and Commodity Fetishism in South America”. Em 2010, a editora UNESP comemora os 30 anos da edição e lança a tradução de Priscila Santos da Costa. Estou iniciando a leitura da obra em que Taussig relata sua vivência com camponeses colombianos e estudos antropológicos com mineiros de estanho da Bolívia. Selecionei 3 passagens provocativas:

“Se o fetichismo da mercadoria pode ser interpretado como o que transforma pessoas em coisas e coisas em pessoas, então talvez seja possível – ne medida em que nos olhamos como estranhos – livrar-nos da alienação em um novo mundo, no qual os poderes fantásticos do fetichismo tornam-se liberadores e até o diabo deve emendar-se.”
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“O conceito de fetichismo da mercadoria, desenvolvido por Karl Marx  em O Capital, é fundamental para minha desconstrução do espírito maligno nas relações de produção capitalista. A fetichização do mal na figura do diabo é uma imagem mediadora do conflito entre os modos pré-capitalistas e capitalistas de objetivar a condição humana.”
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“Ao explorar as diferentes conotações metafísicas e ontológicas próprias a cada um desses domínios ( valor de uso e valor de troca) seremos levados, sem dúvida, a contrastar o misticismo popular pré-capitalista com a forma de mistificação capitalista que Marx, sarcástico, rotulou de fetichismo da mercadoria.

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