domingo, 13 de fevereiro de 2011

Woods X Trotsky. O Manifesto.


O trotsquista Alan Woods é o mais novo conselheiro de Hugo Chávez – Heinz Dieterich caiu em desgraça, depois de apoiar o ex-aliado Baduel. A leitura do texto em que Woods analisa o Manifesto mostra uma profunda contradição com seu líder. Certamente, Alan nunca leu o prefácio de  Trotsky (1937) à edição sul-africana da até hoje polêmica obra de Marx/Engels. Woods afirma que o Documento explica como a livre empresa conduziria ao monopólio. Trotsky demonstra que no Manifesto “o capitalismo é o reino da livre concorrência”. Apenas anos depois, em O Capital, é que “Marx constatou a tendência para a transformação da livre concorrência em monopólio”. Seguem os dois texto referidos.
O texto de Alan Woods
“O que é mais surpreendente sobre o Manifesto é como antecipa os mais fundamentais fenômenos que ocupam nossa atenção em escala mundial no presente momento. Consideremos um exemplo. No tempo em que Marx e Engels o escreveram, o mundo das grandes companhias multinacionais era ainda música de um futuro muito distante. A despeito disto, eles explicaram como a “livre empresa” e a concorrência inevitavelmente conduziriam à concentração de capital e à monopolização das forças produtivas.”
O texto de Trotsky
“3. Para o Manifesto, o capitalismo é o reino da livre concorrência. Referindo-se à crescente concentração do capital, o texto não tira deste fato a necessária conclusão a respeito dos monopólios, que se transformaram na força dominante do capitalismo em nossa época, premissa mais importante da economia socialista. Foi apenas mais tarde, em O Capital que Marx constatou a tendência para a transformação da livre concorrência em monopólio. A caracterização científica do capitalismo monopolista foi dada por Lênin em seu livro Imperialismo, Estágio Superior do Capitalismo.”



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