João Amazonas é figura histórica. Expulso do PCB, em 1961, por discordar das novas teses do XX Congresso do PCUS, funda o PC do B. É inspirador da miopia ideológica que orienta o Partido até nossos dias. Já no período “pós-muro”, confunde o fim da URSS com a crise no marxismo – e assegura que ela será superada – em artigo publicado em 1990, na Revista Princípios nº 18 ( pequeno trecho, a seguir). Amazonas morreu em 2002, sem se aperceber que o fim da União Soviética significaria o renascimento de Marx.
“A crise do marxismo será superada tão prontamente quanto maior for o empenho dos autênticos revolucionários em investigar suas causas e ir ao fundo das questões teóricas que norteiam a marcha da classe operária no rumo do comunismo.
A teoria revolucionária ilumina o caminho da libertação, da construção de uma vida nova. Não se pode avançar com segurança sem o domínio da ciência social. Os princípios que dela decorrem são fundamentais para orientar a estratégia e a tática das forças progressistas em luta contra o sistema reacionário e ultrapassado do capitalismo monopolista.
Defendendo os fundamentos teóricos do marxismo, avancemos, respondendo aos desafios de nossa época. O socialismo, o comunismo são invencíveis, representam o futuro radioso da Humanidade.”
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