Em sua coluna de hoje/11, no
Valor Econômico, Delfim Netto, mais uma vez, faz referência (duas) a Marx. Com
o título acima, faz um passeio pela evolução de suas convicções e registra que
aos 17 anos era um “convicto socialista Fabiano”. Segue o trecho final do
artigo:
“Os "mercados" estão
longe de serem perfeitos. São uma construção do homem - um instrumento - que
resolve de forma satisfatória o problema da coordenação, aumenta a
produtividade do trabalho e reduz o tempo que ele precisa para atender a sua
subsistência material, o que lhe dará cada vez mais tempo livre para realizar a
sua humanidade.
Isso revela três fatos: 1) que
a disciplina economia nunca poderá ser independente dos valores da sociedade
que se quer construir; 2) que é melhor pôr de lado a "utopia" (sem
esquecê-la) e aceitar, pragmaticamente, que não sabemos como construir uma
sociedade "civilizada" sem o uso de mercados bem regulados; 3) que,
como sempre souberam os economistas clássicos (e Marx), produzir é um problema
técnico. Distribuir é um problema político, que cobra o seu preço no
desenvolvimento de longo prazo...”
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