sábado, 1 de outubro de 2016

O luterano Karl Marx

Hirchel Ha Levi, o pai de Marx, de uma família de rabinos teria, pragmaticamente, se  convertido, ao protestantismo para poder exercer sua profissão de advogado.
Assim, aos seis anos o menino Karl foi batizado no luteranismo. Ao que parece, um pouco de Lutero (1483-1546) ficou no inconsciente do jovem. Na Introdução da  “Crítica à Filosofia do Direito de Hegel” - produzida quando o recém casado Marx ainda residia em Paris (1844) - faz um simpático registro do papel de Lutero.
“Lutero venceu efetivamente a servidão pela devoção porque a substituiu pela servidão da convicção. Acabou com a fé na autoridade porque restaurou a autoridade da fé. Converteu sacerdotes em leigos porque tinha convertido leigos em sacerdotes. Libertou o homem da religiosidade exterior, fazendo da religiosidade a essência mais intima do homem. Libertou o corpo de seus grilhões porque com grilhões prendeu o coração.”

“Sem dúvida, Lutero venceu a servidão pela devoção, mas por que pôs no seu lugar a escravidão mediante a convicção. Abalou a fé na autoridade por que restaurou a autoridade da fé. Transformou os padres em leigos, mudando os leigos em padres. Libertou o homem da religiosidade exterior, fazendo da religiosidade a essência mais intima do homem. Libertou o corpo de seus grilhões porque com grilhões prendeu o coração”.

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