Em 6 de março de
1895, 5 meses antes de sua morte (5/8/1895), Engels produz um de seus mais
amadurecidos ensaios, ao fazer a introdução de mais uma edição alemã da “A Luta
de Classes na França”. O texto, também conhecido como o “testamento de Engels”,
faz a defesa do sufrágio universal. Alguns trechos:
“O modo de luta de 1848 está
hoje ultrapassado em todos os aspectos.” “Com esta utilização vitoriosa do sufrágio
universal entrará em ação um modo de luta totalmente novo do proletariado, modo
de luta esse que rapidamente se desenvolveu.” ”A ironia da história universal
põe tudo de cabeça para baixo. Nós, os "revolucionários", os
"subversivos", prosperamos muito melhor com os meios legais do que
com os ilegais e a subversão.”
Nesta 2ª década do
século 21, Delfim Netto é defensor permanente do sufrágio universal em sua
coluna semanal no Valor Econômico. Vide coluna de hoje – 20/09/16 : A
"natureza" da economia, é a "sociedade humana". Uma
combinação de indivíduos heterogêneos, que reagem aos estímulos de forma
diferente, que pensam, têm memória e têm interesses. Formam um sistema complexo
de inter-relações que se alteram à medida que seus membros tomam consciência
que, pela organização desses interesses e pelo "sufrágio universal",
podem mudá-las!
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