quinta-feira, 22 de maio de 2014

O Capital no século XIX e no XXI.

O livro do economista francês Thomas Piketty – “O Capital no século XXI” –ganhou repercussão internacional : líder de vendas na Amazon, em processo de tradução para 20 idiomas ( inclusive o português), mais de 300 mil exemplares vendidos nos EUA.
Hoje, o criativo Veríssimo ocupa sua coluna em O Globo com comentário sobre o livro e afirma que “Piketty propõe medidas contra a desigualdade difíceis de imaginar na prática, como a taxação universal de grandes fortunas herdadas e lucros desmedidos”.
Também hoje/22 de maio de 2014, no Valor Econômico, dois colunistas – Ribamar Oliveira e Maria Clara do Prado – fazem referências  a Piketty ao debater a desigualdade no Brasil.
A grande repercussão do livro de Piketty colocou um pouco mais de gás nos debates sobre o pensamento de Marx, que tinha voltado, com toda força, a partir da crise de 2008. Nos últimos 6 anos, dezenas de eventos internacionais foram realizados para “revisitar” Marx e avaliar quais das suas teses ainda eram válidas.
Eu mesmo, participei do II Encontro Internacional Karl Marx, promovido pela Universidade Nova de Lisboa, em outubro de 2013. O objetivo central do evento era debater quais das propostas marxianas permaneciam válidas, em 2013.
Minha palestra - tema aceito pela comissão organizadora – foi sobre o fetichismo da mercadoria – criado por Marx no capítulo 1 do primeiro volume de “O Capital” (1867) – como conceito indutor/precursor do marketing.
Este espaço é restrito para desenvolver esta tese, mas fica o registro de que Marx vivenciou os primeiros momentos do capitalismo ( basta recordar o “capitalismo” brasileiro em 1867......). Vale também a lembrança que, em nenhuma página de “O Capital”, Marx usa a palavra “CAPITALISMO’. A expressão utilizada era “Modo de Produção Capitalista”. Efetivamente, o Capitalismo atinge seu auge no século XXI, com a vivência plena da Sociedade de Consumo e o domínio absoluto do fetichismo da mercadoria. Mas, isso já seria tema para um livro com o mesmo número de páginas do escrito por Piketty e equipe: 900 em francês e 700 em inglês.....


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