sexta-feira, 16 de maio de 2014

Marx, Piketty, Krugman e Balzac


O livro “Capital no Século XXI”, de Thomas Piketty, está sendo traduzido para 20 idiomas e sua versão em inglês já vendeu mais de 250 mil exemplares, nos EUA. Matéria de capa do Eu & Fim de Semana, do jornal Valor Econômico, registra o comentário elogioso do Nobel Paul Krugman publicado no “The New York Review of Books”. Segundo Krugman, Piketty escreveu um “ livro verdadeiramente soberbo”, por combinar “grande abrangência histórica – qual foi a última vez que você ouviu um economista invocando a Jane Austin e Balzac ? – com detalhada análise de dados”.
Talvez Krugman estivesse se referindo ao velho Karl, fã incondicional de seu contemporâneo Honoré de Balzac (1799-1850). Em fevereiro de 1867, no mesmo ano em que entregou os originais do volume I de O Capital, insistiu com Engels para que lesse “A obra-prima ignorada”, afirmando que se tratava de obra “repleta da mais fina ironia”. Seu genro Paul Lafargue relata que a narrativa de Balzac causou no sogro “grande impacto porque em parte seria uma descrição dos seus sentimentos”.
Marx chegou a afirmar que "A Comédia Humana" tinha sido mais importante para a sua compreensão da sociedade francesa do que os muitos tratados de economia, história e filosofia lidos durante anos. Opinião semelhante foi colocada por Engels em carta, de abril de 1888, à escritora Margareth Harkness, que postarei amanhã.


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