Nesta 2ª década do século 21, quando menos se espera, está
presente o velho Karl. Desta vez, quem me chamou a atenção foi Thereza, dublê
de companheira e leitora voraz, interrompendo a leitura de “Em casa. Uma breve
história da vida doméstica”, de Bill Bryson ( tradução de Isa Mara Lando –
editado pela Cia das Letras). Segue o trecho em que o autor passa uma visão
“doméstica” de Marx e relata, inclusive, a transa com a criada recebida como
“presente de casamento” da nobre família de Jenny. É fato notório que o eterno
quebrador de galhos Engels assume a paternidade. A descrição do ambiente não bate
com a de Paul Lafargue, genro de Marx ao descrever a residência de Maitland
Park Road,41.
“Karl Marx, vivendo no Soho, em Londres, cronicamente
endividado e muitas vezes mal conseguindo pôr comida na mesa, empregava uma
governanta e um secretário pessoal. A casa era tão superlotada que o secretário
– um homem chamado Pieper – tinha que dormir com Marx na mesma cama. (Mesmo
assim, de algum jeito, Marx conseguiu arranjar momentos de privacidade para
seduzir e engravidar a governanta, que lhe deu um filho no ano da Grande
Exposição.)”
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