quinta-feira, 30 de junho de 2011

Marxismo e Espiritismo 3.


Em dezembro de 2004, Dora Incontri e Alessandro Cesar Bigheto, publicam na revista on-line da Unicamp uma rica reflexão com o titulo “Socialismo e Espiritismo, aproximações dialéticas”, cuja íntegra pode ser lida em www.histedbr.fae.unicamp.br/rev16.html. O texto fala das relações de Kardec com os socialistas e , já na fase espírita, citações de Fourier e Saint-Simon. Menciona ainda a parceria com Maurice Lachâtre, editor das obras de Marx, em fascículos populares. E abre espaço para os seguidores de Kardec, na França e na America Latina.

“O sucessor de Kardec, que liderou o movimento espírita francês até depois da Primeira Guerra Mundial, foi Léon Denis, um operário de Tours, autodidata, amigo e companheiro de Jean Jaurès, socialista espiritualista. Denis escreveu a obra Socialismo e Espiritismo, um clássico da literatura social espírita. Nesta obra, Denis relata seu profundo envolvimento com o movimento operário francês, e os conflitos entre um socialismo materialista e um socialismo espiritualista, quando da sua participação de um ciclo de conferências na Bélgica, com Volders e Oskar Beck. Volders organizou o Congresso Socialista Internacional em Bruxelas, em 1891.
Na América Latina, o pensamento socialista espírita teve vários representantes. Entre eles, os argentinos Manuel S. Porteiro, que escreveu Espiritismo Dialético, Cosme Mariño e Humberto Mariotti, autores respectivamente de Concepto Espiritista del Socialismo e Parapsicologia e Materialismo Histórico; os brasileiros Eusínio Lavigne e Souza do Prado, de tendências stalinistas, com a obra Os Espíritas e as Questões Sociais, Jacob Holzmann Netto, que participou do Movimento Universitário Espírita na década de 70 (depois abafado pela ditadura militar), com o livreto Espiritismo e Marxismo e, o maior expoente da intelectualidade espírita no Brasil, o jornalista e filósofo J. Herculano Pires, autor de Espiritismo Dialético e O Reino. “


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