quinta-feira, 30 de junho de 2011

Marxismo e Espiritismo 4.


Em dezembro de 2004, Dora Incontri e Alessandro Cesar Bigheto, publicam na revista on-line da Unicamp uma rica reflexão com o titulo “Socialismo e Espiritismo, aproximações dialéticas”, cuja íntegra pode ser lida em www.histedbr.fae.unicamp.br/rev16.html. No trecho a seguir transcrito, Kardec valoriza a propriedade coletiva, critica a desigualdade e sentencia que “Numa sociedade organizada segundo a lei do Cristo, ninguém deve morrer de fome.”

“Entre as questões levantadas por Kardec na referida obra ( Livro dos Espíritos) está a da propriedade, que era, como se sabe, objeto de discussão de socialistas e anarquistas de todos os matizes. A idéia expressa em O Livro dos Espíritos vai no sentido da propriedade coletiva, com a crítica ao acúmulo de capital, que se manifesta no plano moral, como egoísmo:
O direito de viver confere ao homem o direito de ajuntar o que necessita para viver e repousar, quando não mais puder trabalhar? — Sim, mas deve fazê-lo em comum, como a abelha, através de um trabalho honesto, e não ajuntar como um egoísta.” (KARDEC, item 881)
Em seguida, Kardec indaga, a partir do ponto de vista liberal, que sempre defendeu a idéia de que a riqueza é uma questão de mérito (e não de injustiça) e a resposta mais uma vez é crítica.
 A desigualdade das riquezas não tem sua origem na desigualdade das faculdades, que dão a uns mais meios de adquirir do que a outros? — Sim e não. Que dizes da astúcia e do roubo?” (KARDEC, item 801)
Em várias outras passagens há críticas ao supérfluo de uns e à miséria de outros, à criação artificial de necessidades – em suma, o que poderíamos hoje chamar de consumismo excludente:
Há, entretanto, uma medida comum de felicidade para todos os homens? — Para a vida material, a posse do necessário; para a vida moral, a consciência pura e a fé no futuro.” (KARDEC, item 922) “Numa sociedade organizada segundo a lei do Cristo, ninguém deve morrer de fome.”

Marxismo e Espiritismo 3.


Em dezembro de 2004, Dora Incontri e Alessandro Cesar Bigheto, publicam na revista on-line da Unicamp uma rica reflexão com o titulo “Socialismo e Espiritismo, aproximações dialéticas”, cuja íntegra pode ser lida em www.histedbr.fae.unicamp.br/rev16.html. O texto fala das relações de Kardec com os socialistas e , já na fase espírita, citações de Fourier e Saint-Simon. Menciona ainda a parceria com Maurice Lachâtre, editor das obras de Marx, em fascículos populares. E abre espaço para os seguidores de Kardec, na França e na America Latina.

“O sucessor de Kardec, que liderou o movimento espírita francês até depois da Primeira Guerra Mundial, foi Léon Denis, um operário de Tours, autodidata, amigo e companheiro de Jean Jaurès, socialista espiritualista. Denis escreveu a obra Socialismo e Espiritismo, um clássico da literatura social espírita. Nesta obra, Denis relata seu profundo envolvimento com o movimento operário francês, e os conflitos entre um socialismo materialista e um socialismo espiritualista, quando da sua participação de um ciclo de conferências na Bélgica, com Volders e Oskar Beck. Volders organizou o Congresso Socialista Internacional em Bruxelas, em 1891.
Na América Latina, o pensamento socialista espírita teve vários representantes. Entre eles, os argentinos Manuel S. Porteiro, que escreveu Espiritismo Dialético, Cosme Mariño e Humberto Mariotti, autores respectivamente de Concepto Espiritista del Socialismo e Parapsicologia e Materialismo Histórico; os brasileiros Eusínio Lavigne e Souza do Prado, de tendências stalinistas, com a obra Os Espíritas e as Questões Sociais, Jacob Holzmann Netto, que participou do Movimento Universitário Espírita na década de 70 (depois abafado pela ditadura militar), com o livreto Espiritismo e Marxismo e, o maior expoente da intelectualidade espírita no Brasil, o jornalista e filósofo J. Herculano Pires, autor de Espiritismo Dialético e O Reino. “


quarta-feira, 29 de junho de 2011

Marxismo e Espiritismo 2.


Em dezembro de 2004, Dora Incontri e Alessandro Cesar Bigheto, publicam na revista on-line da Unicamp uma rica reflexão com o titulo “Socialismo e Espiritismo, aproximações dialéticas”, cuja íntegra pode ser lida em www.histedbr.fae.unicamp.br/rev16.html. Reproduzo abaixo o trecho inicial, onde Mariotti se refere a uma “esquerda kardeciana”. Selecionei ainda mais dois trechos, que postarei a seguir.

“Tudo começa com o mestre de Allan Kardec (Rivail), Johann Heinrich Pestalozzi, que, ao contrário da análise pouco informada de alguns, que ignoram a complexidade de sua obra e de sua trajetória, passou da crença no despotismo esclarecido a um pensamento social, que não pode ser meramente considerado burguês, pois, ao mesmo tempo, em que ele foi condecorado como membro honorário da Revolução Francesa, foi crítico dela. Em seu pensamento, (ver INCONTRI:1996), existem traços de uma dialética original – que é espiritualista, se dá na história, mas não tem o totalitarismo panteísta de Hegel ou de Fichte. Com este último, Pestalozzi manteve fecundo diálogo.
Tendo Pestalozzi uma vasta e multifacetada obra, a interpretação a respeito é bastante controversa. Alguns o vêem como um pensador romântico, outros como típico representante do iluminismo. Mas, existe uma leitura mais à esquerda, que identifica elementos bastante originais do seu pensamento. Por exemplo, TOLLKÖTTER (s.d) estabelece comparações entre Marx e Pestalozzi, em relação ao trabalho, à sociedade e à educação. (1) SCHLEUNER (1974), faz interessante estudo comparativo entre a experiência de Pestalozzi em Stans e a experiência socialista de Makarenko.
Assim também entre os autores espíritas, já de início com o próprio Kardec, discípulo e herdeiro de Pestatalozzi, há polêmicas e diversas leituras, dependendo da lente ideológica dos estudiosos. Humberti Mariotti fala de uma “esquerda kardeciana” (HOLZMANN NETTO, 1970). Mas é inegável que houve confluências e influências entre Socialismo e Espiritismo. “


terça-feira, 28 de junho de 2011

O Manifesto e o BNDES.


Decorridos 163 anos da publicação do Manifesto do Partido Comunista (1848), seu texto continua sendo citado. Hoje, mais pela direita que pela esquerda. Um bom exemplo está no artigo do economista Rodrigo Constantino – “É hora de repensar o BNDES” – publicado hoje (28/06/11) na página 7 de O Globo. Ao criticar a “estatização” do sistema bancário, insinua que o governo segue as recomendações do velho Karl.
“O governo é o maior banqueiro do país! No Manifesto Comunista, não custa lembrar, Marx colocou como uma das metas fundamentais de seu programa a centralização do crédito nas mãos do Estado”.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Marxismo e Espiritismo 1.


As relações do espiritismo com o marxismo e o socialismo ocupam vasta bibliografia. Participei desta convivência desde a mais tenra infância. Meu pai sempre teve duas referências : Kardec e Marx. Pretendo dedicar algumas postagens ao tema. Pra começar, um trecho do texto de Sergio Biasi Gregório, postado no site do Centro Espírita Ismael.

“6.2. MARX E KARDEC
Marx libertou o homem da exploração econômica. Deu-lhe uma nova dimensão do ser quanto à sua função material na sociedade. Contudo, faltou-lhe a dimensão metafísica, da vida além-túmulo que o Espiritismo lhe pode oferecer facilmente. Com Marx, o ser humano morre para nunca mais nascer. A realidade do Espírito, contudo, explicada por Allan Kardec, é outra. Ele é imortal e pode retornar à terra quantas vezes forem necessárias para dar prosseguimento à sua evolução rumo à perfeição ensinada pelo mestre Jesus. (Mariotti, 1983, cap. III)” www.ceismael.com.br/filosofia/marxismo-e-espiritismo.htm

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Ho Chi Min: de pintor de "antiguidades" a libertador da Indochina.


Em abril de 1960, na comemoração dos 90 anos de nascimento de Lênin, Ho Chi Min publica “O Caminho que me levou ao Leninismo”. O texto transpira inocência e credulidade, do início ao fim.

“Após a Primeira Guerra Mundial, eu levava minha vida em Paris, ora como retocador de fotografias, ora como pintor de “antiguidades chinesas” (feitas na França). Também distribuía panfletos denunciando os crimes cometidos pelos colonizadores franceses no Vietnã.
Naquele tempo, eu apoiava a Revolução de Outubro apenas por intuição, não tendo em mente ainda toda sua importância histórica. Eu amava e admirava Lênin porque ele era um grande patriota que libertara seus compatriotas; até então, eu não havia lido nenhum de seus livros.
A razão para eu ter me unido ao Partido Socialista Francês foi porque essas “damas e cavalheiros” – como eu chamava meus camaradas na época – demonstraram sua simpatia por mim, pela luta dos povos oprimidos. Mas eu não entendia o que era um partido, um sindicato, nem mesmo socialismo ou comunismo.”
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“Existe uma lenda, tanto em nosso país como na China, sobre o milagroso “Livro da sabedoria”. Ao se deparar com grandes dificuldades, pode-se abrir o livro e encontrar a solução. O leninismo não é apenas um milagroso “livro da sabedoria”, um compasso para nós revolucionários e cidadãos vietnamitas: é também o fulgurante sol iluminando nosso caminho para a vitória final, ao socialismo e ao comunismo.” Leia a íntegra do texto em:
www.marxists.org/portugues/ho_chi_minh/1960/04/leninismo.htm

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O "carioca" Ho Chi Min adorava a "zona do mangue".


Nem só de reflexões sobre os diversos  marxismos vive esse blog. Hoje vou abrir espaço para um fato pouco conhecido da vida de um dos meus ídolos da juventude: Ho Chi Min. O fundador do Partido Comunista da Indochina que derrotou, ao lado de Giap, o exército francês em Diem Bien Phu, passou quase seis meses na Cidade Maravilhosa, em algum momento entre 1911 e 1922 ( as datas variam dependendo da fonte).
Em 1911, Ho Chi Min se junta à tripulação do navio mercante La Touche Trevile como ajudante de cozinheiro e viaja pelo mundo. Numa dessas viagens desembarcou no Rio de Janeiro para tratamento de saúde (tuberculose), tendo ficado hospedado por cerca de seis meses em uma pensão no bairro de Santa Teresa.
A fama de bom cozinheiro de Ho - que teria se notabilizado pelo preparo de aves e se aperfeiçoado em pâtisserie com o mestre Auguste Escoffier - levou conhecida jornalista especializada em gastronomia  a levantar a possibilidade dele ter feito “bico” em algum restaurante carioca.
Em 1924, ao encontrar-se, em Moscou, com Astrogildo Pereira e Rodolfo Coutinho, que buscavam o reconhecimento do Partido Comunista do Brasil - PCB pela Terceira Internacional, Ho evocou seus dias de Rio de Janeiro.
O líder vietnamita teria compartilhado seu quarto com Rodolfo Coutinho e revelado fatos curiosos sobre sua estada no Brasil.
Na versão oficial, Ho teria ficado impressionado com a "zona do mangue" (antiga zona de prostituição do Rio de Janeiro), com o cheiro fétido, com o mercado de sexo, “subproduto do capitalismo nas condições do atraso semicolonial.”
Na versão descontraída de Hercules Corrêa ( membro do Comitê Central, nos meus tempos de militante), a “zona de baixo meretrício” seria “o logradouro carioca favorito de Ho Chi Min”.
“Além de engraxate, fui ajudante de cozinheiro, servi café da manhã às prostitutas na zona do meretrício, o histórico Mangue, que como me contou Luiz Carlos Prestes era o logradouro carioca favorito de Ho Chi Min quando o então futuro líder da revolução vietnamita esteve por aqui em 1922” (Hercules Corrêa – Memórias de um stalinista).

Limites do marxismo tradicional.


Tenho dedicado diversas postagens à visão inovadora que Moishe Postone tem da obra de Marx a  partir da leitura conjunta dos Grundrisse e O Capital. Segue abaixo um texto extraído de “Necessidade, Tempo e Trabalho” onde Postone  destaca a necessidade imperiosa superar, em pleno século 21, o modo de produção industrial de base proletária. Para os que gostariam de conhecer, “sem intermediários”, as teses marxólogo, basta acessar www.youtube.com/watch?v=apbqa3TSuZU        e assistir a sua intervenção no Congresso Marx International V, de 2007. A íntegra do texto aqui citado está disponível em http://obeco.no.sapo.pt/mpt2.htm

“......se o Marxismo tiver de adquirir novamente alguma significação social nos países industrializados avançados, a falha do Marxismo tradicional em examinar criticamente o processo industrial de produção terá de ser superado. A crítica histórica adequada da totalidade social determinada pelo capital deveria mostrar que o modo de produção industrial, de base proletária, também pode ser superado. Isto permitiria um exame crítico da relação que as pessoas têm com seu trabalho, bem como da relação entre a humanidade e a natureza, enquanto mediada pelo processo de produção – duas áreas cruciais que não podem ser adequadamente abordadas por uma teoria cuja principal preocupação é a transformação do modo de distribuição e na qual o modo industrial de produção é hipostasiado. Em outras palavras, a crítica histórica adequada deve colocar a questão da produção alienada no centro de sua investigação. Uma teoria cuja preocupação principal é o próprio modo de produção proveria também, na minha opinião, o ponto de partida necessário para avaliações da cultura, da vida cotidiana, dos vários movimentos de emancipação atuais e uma série de outras considerações que não poderiam ser adequadamente abordadas nos limites da estrutura teórica de interpretação do Marxismo tradicional.”

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Marx. Filósofo ou crítico da economia?


Tenho dedicado diversas postagens ao tema “Marx filósofo” – um enquadramento rejeitado por ele até a morte. Chegando ao exagero de afirmar que a filosofia estava para o saber real como o onanismo para o sexo. Em entrevista concedida à revista E (SESC São Paulo) de junho/11, Leandro Konder – que dedicou toda a sua vida a estudar a obra de Marx – é taxativo.

“Marx era um filósofo competente. Há uma tese de que ele foi prejudicado na medida em que não foi reconhecido como filósofo. Marx ficou sendo um crítico da política, um crítico da economia e não foi aproveitado como critico da filosofia. A critica do mercado não pode ser calcada em sua obra. A obra de Marx reflete uma experiência histórica importante, mas limitada. Ele não enxergou todos os problemas da economia de mercado. E nós não nos aprofundamos em sua obra o suficiente para lê-lo como filósofo. Marx tem observações fundamentais sobre  a relação do homem com os problemas que o isolam. Vai além sobre a teoria do mercado, denunciando com muita lucidez esses sistemas. .............Mas, sem dúvida, depois de Hegel, é o filósofo mais importante da era moderna

domingo, 12 de junho de 2011

O estalinismo e o desvio para a direita.Uma visão trotskista.


Em maio de 1951, onze anos após a morte de seu marido - que conheceu em Paris em 1902 - Natalia Sedova Trotsky escreve carta de rompimento com a IV Internacional. No texto, acusa o estalinismo de caminhar em direção à “restauração do capitalismo”. Uma antecipação do capitalismo de estado (existiria?) da China Comunista de 2011? Uma mensagem para ser lida por Fidel e Raul?
“Obcecados por velhas e ultrapassadas fórmulas, continuam considerando o estado estalinista como um Estado obreiro. Eu não posso e não acompanharei vocês nisto. Depois do começo da luta contra a burocracia estalinista usurpadora, Trotsky repetia praticamente todos os anos, que o regime se deslocava para a direita, sob as condições de uma revolução mundial delongada e a conquista de todas as posições políticas pela burocracia na Rússia. Repetidas vezes sublinhou como a consolidação do estalinismo na Rússia conduzia a uma deterioração das posições econômicas, políticas e sociais da classe operária, e ao triunfo de uma aristocracia tirânica e privilegiada. Se esta tendência continuar, disse, a revolução esgotar-se-á e a restauração do capitalismo será atingida. Infelizmente, isso foi o que aconteceu, mesmo se em formas novas e inesperadas. Não há nenhum país no mundo onde as autênticas idéias e os autênticos defensores do socialismo sejam perseguidos tão barbaramente [como na Rússia]. Deveria ficar claro para todo o mundo que a revolução foi completamente arruinada pelo estalinismo. Todavia, vocês continuam dizendo ainda que sob este regime inominável, a Rússia é um Estado operário ou com algo de socialismo. Acho isto como um ataque ao socialismo. O estalinismo e o Estado estalinista não tem parecido em nada com um Estado operário e com o socialismo. Eles são os mais perigosos inimigos do socialismo e da classe obreira.”

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O "ausente" Capitalismo.


O filósofo francês Denis Collin em “Compreender Marx” ( Editora Vozes, 2008) faz uma afirmativa surpreendente: o termo “capitalismo” não figura na obra de Marx. A expressão usada seria o sintagma “modo de produção capitalista” . Segundo Collin, o uso do termo “capitalismo” em vez de e no lugar do sintagma seria “gerador de confusões”.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O fim da propriedade privada


Em “Princípios básicos do comunismo” (1847), Engels responde à questão “Será possível a abolição da propriedade privada por via pacífica? A óbvia resposta negativa ensejaria uma nova pergunta, na segunda década do século 21: “Será possível a abolição  da propriedade coletiva, em Cuba, por via pacífica? O exemplo da queda do muro, em 1989, conduziria a uma resposta afirmativa?
A resposta de Engels; à 1ª questão:

“Seria de desejar que isso pudesse acontecer, e os comunistas seriam certamente os últimos que contra tal se insurgiriam. Os comunistas sabem muitíssimo bem que todas as conspirações são não apenas inúteis, como mesmo prejudiciais. Eles sabem muitíssimo bem que as revoluções não são feitas propositada nem arbitrariamente, mas que, em qualquer tempo e em qualquer lugar, elas foram a consequência necessária de circunstâncias inteiramente independentes da vontade e da direção deste ou daquele partido e de classes inteiras. Mas eles também vêem que o desenvolvimento do proletariado em quase todos os países civilizados é violentamente reprimido e que, deste modo, os adversários dos comunistas estão a contribuir com toda a força para uma revolução. Acabando assim o proletariado oprimido por ser empurrado para uma revolução, nós, os comunistas, defenderemos nos atos, tão bem como agora com as palavras, a causa dos proletários”.