sábado, 14 de maio de 2011

O desaparecimento da religião.


Em dezembro de 1878, Marx teria concedido entrevista à Chicago Tribune, cuja  autenticidade é questionada até hoje. Vale a transcrição de uma pergunta provocante sobre religião e a resposta suave, mas delirante – vide a Rússia e Cuba.
“Pergunta – Atribui-se ao senhor, como a seus partidários, Dr. Marx, toda sorte de propósito incendiários contra a religião. Com toda certeza, o senhor veria com prazer a eliminação radical deste sistema?
Marx – Não ignoramos que é insensato tomar medidas violentas contra a religião. Segundo nossas concepções, a religião desaparecerá à medida que o socialismo se fortalecer. A evolução social vai, infalivelmente, favorecer esse desaparecimento, no qual cabe à educação um papel importante.”


3 comentários:

  1. A problemática da religião sempre deu nó na cabeça dos marxistas. É complexo, mas digo desde já: a frase "religião é o ópio do povo" deve ser colocada dentro de seu contexto, e não pinçada solta.

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  2. Acho eu, pela serenidade e segurança, que efetivamente a resposta veio do próprio Marx; acaso não foi ele que, falando da possível contradição entre a divindade e os seres humanos (na temática da soberania), disse "é Deus o soberano ou é o homem o soberano? Uma das duas soberanias é uma falsidade, ainda que uma FALSIDADE EXISTENTE" ("Crítica da filosofia do direito de Hegel" - cx. alta nossa).

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  3. Com certeza, desde os tempos imemoriais dos faraós o efeito entorpecente da religião - ênfase nas "oficiais"- se faz sentir. Daí a considerar que as religiões são ópio do povo, vai uma grande diferença. Um dos mais relevantes símbolos religiosos dos últimos dois milênios foi crucificado pelos donos do poder e seus aliados. O socialismo cristão não é ficção.
    Em relação à soberania, fico com o conceito hegeliano de "Totalidade". Grato pelos comentários inteligentes e pertinentes

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