Paul Lafargue – casado com Laura, filha de Marx – conta a relação de Marx com a obra do dramaturgo inglês e seu profundo conhecimento de todos os personagens.
“Sabia de cor as obras de Heine e Goethe e citava, de memória, trechos desses autores. Lia poetas de todas as literaturas européias. Anualmente, relia Ésquilo, no texto grego original. Considerava Ésquilo e Shakespeare os dois maiores gênios dramáticos de todos os tempos. Dedicou-se a estudar profundamente a obra de Shakespeare, por quem sentia admiração sem limites. Conhecia o caráter de todas as personagens criadas pelo dramaturgo inglês. Da sua devoção ao poeta de Hamlet compartilhava toda a família, tanto que suas filhas conheciam de cor os trabalhos de Shakespeare.
Depois de 1848, querendo se aperfeiçoar no conhecimento da língua inglesa, pesquisou e classificou as expressões de Shakespeare. Fez o mesmo com parte da obra do polemista inglês William Cobbert a quem grandemente se afeiçoara. Entre seus poetas favoritos, contavam-se Dante e Robert Burns Tinha verdadeiro prazer em ouvir as filhas recitarem-lhe fragmentos de sátiras ou madrigais do poeta escocês.”
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