Segue aqui a
complementação do texto de Engels, de 1895, sobre o evangelista João:
“Encontramos
aqui a concepção fundamental que permitiu ao cristianismo realizar-se como
religião universal. A noção de que os deuses, ofendidos pelas ações dos homens,
podiam ser acalmados por sacrifícios, era uma ideia comum a todas as religiões
dos Semitas e dos Europeus; a primeira ideia revolucionária fundamental do
cristianismo (extraída da escola de Philon) era que, pelo único grande
sacrifício voluntário de um mediador, os pecados de todos os tempos de todos os
homens eram expiados de uma vez para sempre. . . para os fiéis. De tal modo que
desaparecia a necessidade de qualquer sacrifício ulterior e, portanto, a base
de numerosas cerimônias religiosas. Ora, a libertação de cerimônias que
entravavam ou proibiam o comércio com homens de crenças diferentes era a
condição primeira de uma religião universal. E, contudo, o hábito dos
sacrifícios estava tão enraizado nos hábitos populares que o catolicismo — que
retomou tantos costumes pagãos — julgou útil considerá-lo, introduzindo pelo
menos o simbólico sacrifício da missa. Por outro lado, nenhum vestígio, no
nosso livro, do dogma do pecado original.”
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