Em 6 de março de
1895, 5 meses antes de sua morte (5/8/1895), Engels produz um de seus mais
amadurecidos ensaios, ao fazer a introdução de mais uma edição alemã da “A Luta
de Classes na França”. O texto, tb conhecido como o “testamento de Engels”, faz
a defesa do sufrágio universal. Selecionei alguns trechos e, a seguir,
comentários de Delfim Netto no Valor Econômico sobre o mesmo tema, passados +
de 120 anos. Coincidências ??!!!
“O modo de luta de 1848 está hoje
ultrapassado em todos os aspectos.” “Com esta utilização vitoriosa do sufrágio
universal entrará em ação um modo de luta totalmente novo do proletariado, modo
de luta esse que rapidamente se desenvolveu.” ”A ironia da história universal
põe tudo de cabeça para baixo. Nós, os "revolucionários", os
"subversivos", prosperamos muito melhor com os meios legais do que
com os ilegais e a subversão.” Engels 6
de março de 1895
“ O grande adversário foi criado pela
organização política do trabalho que
recusou sua completa mercantilização e
inventou o sufrágio universal, o mais poderoso instrumento civilizador dos
mercados”. Delfim Netto 3 de março de 2015
“A isso se chamou “capitalismo” que não é uma coisa, mas um
processo histórico que sobreviveu porque o poder econômico do capital foi
relativizado pela invenção do sufrágio universal que produz um viés politico a
favor do trabalho. Ele nem é eterno, nem perfeito.” Delfim Netto 7 de julho de 2015
“No nível do conhecimento teórico e
empírico a que chegamos não pode haver dúvida. Num mundo tão desigual entre
países, com tantas tensões dentro deles e com o empoderamento continuado da
sociedade pelo sufrágio universal, nenhum país poderá dispor da independência
da sua política monetária!” Delfim Netto 9 de agosto de 2016
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