O Congresso Re-Thinking Marx, realizado em Berlim de 20 a 22 de maio de
2011, mereceu uma extensa análise de Elmar Fiatschart. Selecionei um pequeno
trecho em que ele comenta participação
de Wendy Brown e suas referências ao Marx “esotérico” e à conceitualidade
religiosa na descrição do fetichismo da mercadoria.
“Uma surpresa foi a apresentação de Wendy Brown. Ela convenceu com uma
referência profunda ao Marx “esotérico” e procurou fazer paralelos entre a
crítica da religião como projeção das relações sociais e a dimensão projetiva
do fetichismo da mercadoria. Ao contrário de muitos outros oradores, ela
estabeleceu marcadamente a diferença entre a crítica do fetiche e o meramente
ideológico – enquanto as ideologias são ideias falsas, as relações fetichistas
baseiam-se numa lógica própria, bem fundamentada nas condições naturais, que
produz projeções semelhantes às religiosas e impõe a distinção entre as
dimensões analítica e crítica, física e teológica. Brown antepõe assim desde o
início a um entendimento positivista da “tangibilidade” da mercadoria a
dimensão reificada das relações sociais que levam à mercadoria. Para ela,
portanto, a conceitualidade religiosa na descrição do fetichismo de Marx não é
uma mera metáfora, mas representa uma necessidade heurística para poder
compreender as relações sociais.”
Obrigado por sua contribuição. Eu fiquei interessado na leitura weberiana sobre "esotérico". Você teria mais informações sobre essa noção?
ResponderExcluirObrigado mais uma vez!
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