Em 1891,
na comemoração do 20º aniversário da Comuna de Paris, Engels faz uma introdução
à reedição de “ A Guerra Civil na França” onde exalta o sufrágio universal na
ditadura do proletariado. Parece uma contradição; mas não é.
Contra
esta transformação, inevitável em todos os Estados até agora existentes, do
Estado e dos órgãos do Estado, de servidores da sociedade em senhores da
sociedade, aplicou a Comuna dois meios infalíveis. Em primeiro lugar, ocupou todos
os cargos administrativos, judiciais, docentes, por meio de eleição por
sufrágio universal dos interessados, e mais, com revogação a todo o momento por
estes mesmos interessados. E, em segundo lugar, ela pagou por todos os
serviços, grandes e pequenos, apenas o salário que outros operários recebiam. O
ordenado mais elevado que ela pagava era de 6000 francos. Assim se fechou a
porta, eficazmente, à caça aos cargos e à ganância da promoção, mesmo sem os
mandatos imperativos que, além do mais, no caso dos delegados para corpos
representativos ainda foram acrescentados.
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O
filisteu socialdemocrata caiu recentemente, outra vez, em salutar terror, à palavra:
ditadura do proletariado. Ora bem, senhores, quereis saber que rosto tem esta
ditadura? Olhai para a Comuna de Paris. Era a ditadura do proletariado.
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