Em 6 de
março de 1895, 5 meses antes de sua morte (5/8/1895), Engels produz um de seus
mais amadurecidos ensaios, ao fazer a introdução de mais uma edição alemã da “A
Luta de Classes na França”. O documento mereceu um registro especial de Rosa
Luxemburgo: “ grande importância deve ser conferida
a um dos históricos documentos do movimento operário alemão: o prefácio escrito
por Frederick Engels em 1985 para a reedição da Luta de Classes na França”.
Selecionei dois trechos para uma reflexão, neste momento de
“manifestações violentas” no Brasil e no mundo.
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“Graças
ao uso inteligente que os operários alemães fizeram do sufrágio universal
introduzido em 1866, o crescimento surpreendente do partido é tornado claro
para todo o mundo por números incontestáveis : 1871, 102.000 ; 1874, 352.000
; 1877, 493.000 votos socialdemocratas.
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E
assim aconteceu que a burguesia e o governo passaram a ser muito mais temerosos
com a ação legal do que com a ação ilegal do partido dos trabalhadores; com os resultados
das eleições do que com a rebelião.
Por
aqui, também, as condições da luta tinha mudado fundamentalmente. Rebelião no
estilo antigo, luta de rua com barricadas , que decidiu a questão em todos os
lugares até 1848, tornou-se , em grande parte, ultrapassada.”
107 anos após a publicação do texto de
Engels um operário metalúrgico, fundador do Partido dos Trabalhadores, assumiu
a Presidência da República em um país da América Latina... Um pouco antes –
1990 – outro operário assumia a presidência da Polônia....