Tenho realizado diversos posts para evidenciar o
avanço de Marx em relação aos economistas clássicos ingleses, que ficaram na
“produção”, enquanto o alemão foi até o consumo. Vale lembrar que o capítulo inicial
do livro I do Capital é “A mercadoria”. E sua seção 4 – “O fetichismo da
mercadoria e seu segredo “ - antecipa a sociedade de consumo. Selecionei um trecho do livro “Marx”, do
filósofo francês Pierre Fougeyrollas ( 1922 – 2008 ) – editora Ática, 1989, tradução de Lólio Lourenço de Oliveira
– onde o professor da Universidade Paris VII registra que para Marx “o
capitalismo reside na generalização completa e na vitória total da economia
mercantil”.
“ Herdeiro dos mestres da economia política inglesa
(Adam Smith e David Ricardo), Marx supera-os ao estabelecer que o trabalho
assalariado e o capital, o salario e o lucro não passam de categorias
históricas que pertencem ao modo de
produção capitalista, cujo nascimento remonta ao século XV, e a respeito do
qual podemos prever que, como os modos de produção anteriores, chegará um dia a
seu fim, devido ao antagonismo entre o trabalho e o capital. Em suma, Marx
imergiu no devir histórico aquilo que a economia politica clássica tratava como
uma espécie de natureza dotada de leis imutáveis.”
.................................................. “Marx mostra que o
capitalismo reside na generalização completa e na vitória total da economia
mercantil. Com isso, todos os produtos do trabalho humano tornam-se mercadorias
que se vendem e se compram.”
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