Em
fevereiro de 1844, o jovem Marx ( 26 anos), escreve a “Introdução à Crítica da
Filosofia do Direito de Hegel” onde revela sua admiração por Lutero. Vale
lembrar que seu pai Hirchel Ha Levi, de uma família de rabinos, pragmaticamente
se converteu ao protestantismo para poder exercer plenamente sua profissão de
advogado. Assim, aos seis anos o menino Karl foi batizado no luteranismo.
Segue um pequeno trecho:
“O
passado revolucionário da Alemanha é, de fato, um passado histórico: é a
Reforma. Como então no cérebro do frade, a revolução começa agora
no cérebro do filósofo.
Lutero venceu
efetivamente a servidão pela devoção porque a substituiu pela servidão
da convicção. Acabou com a fé na autoridade porque restaurou a
autoridade da fé. Converteu sacerdotes em leigos porque tinha convertido leigos
em sacerdotes. Libertou o homem da religiosidade externa porque erigiu a
religiosidade no interior do homem. Emancipou o corpo das cadeias porque
sujeitou de cadeias o coração.”