marxrevisitado

sábado, 14 de setembro de 2019

Hoje,14 de setembro , aniversário do lançamento do primeiro volume de O Capital, em 1867.
Um destaque para "o fetichismo da mercadoria e o seu segredo"

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Meu convívio com a figura mítica de Karl Marx tem seu começo na infância. Na juventude, meu pai militou na UTIM – União dos Trabalhadores da Indústria Metalúrgica – entidade sindical de inspiração marxista. A cada 3 de janeiro - aniversário de Luiz Carlos Prestes, secretário geral do Partido Comunista Brasileiro (PCB) – meu tio colaborava no despertar do subúrbio de Olaria com um foguetório comemorativo. Assim, ingressar nos quadros do Partidão (PCB) foi ação automática, logo que cheguei à Faculdade Nacional de Direito e dali pra UNE foi um pulo. Cumpri as leituras obrigatórias e fiz os cursinhos de praxe, mas, sempre achei que faltava “um pedaço”. Nas reuniões da “Base”, alguns companheiros chegaram a afirmar que enquanto eles estavam “vendo” eu já estava “revendo”. Uma tentativa de enquadramento como “revisionista” – pecado mortal na época. Obrigações familiares e profissionais me afastaram da reflexão sobre a obra de Marx/Engels. No entanto, nos últimos anos, pude dedicar algum tempo na releitura das obras basilares do marxismo e de seus intérpretes. Este blog é uma tentativa de disciplinar essa “revisão” e de identificar a presença do velho Karl na segunda década do século 21, um século e meio após a publicação de O Capital.