Marshall
Berman iniciou sua carreira de marxista desde garoto ao ler os “Manuscritos
Econômico-Filosóficos”. Selecionei alguns trechos interessantes de seu “Aventuras
no Marxismo” sobre o Fetichismo da Mercadoria – a contribuição original de Marx
para entender, em 1867, a futura sociedade do consumo.
“ O
fetichismo das mercadorias é um mito determinista criado para conservar a ordem
vigente, convencendo as pessoas que nela vivem de que não tem como agir
diferentemente. Imaginando-se privados de liberdade, os homens se transformam
em homens sem liberdade: sua profecia de impotência se autoconcretiza.”
“ O
fetichismo, portanto, impregna a exuberância juvenil do capitalismo de um
fervor religioso – e de uma ingenuidade religiosa; o desencantamento surge com
a plenitude dos anos e pode afrouxar o passo, mas deixa uma nova liberdade em
sua esteira.”
“Homens
movidos pelo “fetichismo”, seja ele religioso, político ou econômico, avançam
cegamente, como locomotivas em alta velocidade numa trilha única; colidem e
destroem-se uns aos outros, isso é algo que simplesmente não têm como evitar, não
há nada a fazer.”
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