Em 6 de março de 1895, 5 meses antes de sua morte (5/8/1895), Engels
produz um de seus mais amadurecidos ensaios, ao fazer a introdução de mais uma
edição alemã da “A Luta de Classes na França”. O texto, também conhecido como o
“testamento de Engels”, faz a defesa do sufrágio universal. Alguns trechos:
“O modo de luta de 1848 está hoje
ultrapassado em todos os aspectos.” “Com esta utilização vitoriosa do sufrágio
universal entrará em ação um modo de luta totalmente novo do proletariado, modo
de luta esse que rapidamente se desenvolveu.” ”A ironia da história universal
põe tudo de cabeça para baixo. Nós, os "revolucionários", os
"subversivos", prosperamos muito melhor com os meios legais do que
com os ilegais e a subversão.”
Nesta 2ª
década do século 21, Delfim Netto é defensor permanente do sufrágio universal
em sua coluna semanal no Valor Econômico. Vide texto de 22/11/16 : “A
insuperável vantagem do sistema democrático de governo é que sua continuidade
propicia a única forma de conhecimento seguro a que os homens têm acesso: a
experimentação e o erro, um aprendizado que tem custos importantes. O uso
permanente do sufrágio universal, com eleições livres e renovação do poder
incumbente em tempo certo, corrige endogenamente os seus erros eventuais.”