quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Delfim & Engels

Em 6 de março de 1895, 5 meses antes de sua morte (5/8/1895), Engels produz um de seus mais amadurecidos ensaios, ao fazer a introdução de mais uma edição alemã da “A Luta de Classes na França”. O documento mereceu um registro especial de Rosa Luxemburgo: “ grande importância deve ser conferida a um dos históricos documentos do movimento operário alemão: o prefácio escrito por Frederick Engels em 1985 para a reedição da Luta de Classes na França”. Um dos destaques  do texto é o sufrágio universal.
Em 2014, Delfim Netto,  faz em 22 de julho  e em 23 de setembro, em sua coluna semanal no Valor Econômico comentário sobre o mesmo tema.
Os trechos selecionados. Por uma questão de antiguidade, primeiro Engels e a seguir Delfim.
ENGELS em 1895:
“Graças ao uso inteligente que os operários alemães fizeram do sufrágio universal introduzido em 1866, o crescimento surpreendente do partido é tornado claro para todo o mundo por números incontestáveis ​​: 1871, 102.000 ; 1874, 352.000 ; 1877, 493.000 votos socialdemocratas.
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E assim aconteceu que a burguesia e o governo passaram a ser muito mais temerosos com a ação legal do que com a ação ilegal do partido dos trabalhadores; com os resultados das eleições do que com a  rebelião.
Por aqui, também, as condições da luta tinha mudado fundamentalmente. Rebelião no estilo antigo, luta de rua com barricadas , que decidiu a questão em todos os lugares até 1848, tornou-se , em grande parte, ultrapassada.”
DELFIM em 22 de julho de 2014 :
A organização dos trabalhadores e a conquista do sufrágio universal entre o fim do século XIX e o início do século XX reduziram as diferenças de poder entre o capital e o trabalho e deixaram claro que a distribuição do produzido é um problema político, que tem implicações econômicas de longo prazo”.
DELFIM em 23 de setembro de 2014 :
“A combinação do liberalismo político com o capitalismo não é o fim da história. É um sistema que continua em evolução empurrado pelo sufrágio universal. Certamente, não é o regime "ideal", mas parece melhor do que todos os outros. O seu funcionamento na Europa Ocidental, na Escandinávia e nos Estados Unidos mostrou que possui uma capacidade quase infinita de continuar a adaptar-se na busca da sociedade civilizada, que é o objetivo do homem.”

Pra validar as duas teses, vale lembrar que um metalúrgico foi eleito e reeleito presidente da república......Nem toda tese é perfeita  rsrsrs


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