sábado, 22 de novembro de 2014

O socialista Albert Einstein


Em 1949, Einstein escreve artigo intitulado “Why Socialism?” para o primeiro número  da revista marxista Monthly Review. O texto, na versão original pode ser acessado em www.monthlyreview.org/598einst.htm. Segue um pequeno trecho quando o cientista fala do controle das fontes de informação pelos “capitalistas privados”:


“O capital privado tende a se concentrar em poucas mãos, em parte devido à competência entre os capitalistas, e em parte porque o desenvolvimento tecnológico e a crescente divisão do trabalho alentam a formação de unidades maiores de produção em detrimento das menores. O resultado destes desenvolvimentos é uma oligarquia do capital privado cujo enorme poder não pode ser controlado efetivamente nem sequer por uma sociedade política democraticamente organizada. Isto é assim porque os membros dos corpos legislativos são selecionados pelos partidos políticos, em grande medida financiados ou de alguma maneira influenciados por capitalistas privados que, por todos efeitos práticos, separam o eleitorado da legislatura. A consequência é que os representantes do povo não protegem suficientemente os interesses dos grupos não privilegiados da população. Por outra parte, nas condições atuais os capitalistas privados controlam, direta ou indiretamente, as principais fontes de informação (imprensa escrita, rádio, educação). É então extremamente difícil, e por certo impossível na maioria dos casos, que cada cidadão possa chegar às conclusões objetivas e fazer uso inteligente de seus direitos políticos.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Sufrágio Universal. Engels e Delfim Netto

 Delfim Netto em 18/11/14, em sua coluna semanal no Valor Econômico:
“Como a história mostra que o "seguro morreu de velho", é melhor prestar-lhe atenção. Continuemos a usar a urna e o mercado para ir construindo soluções cada vez mais aceitáveis moralmente na busca da sociedade civilizada. O "emponderamento" do cidadão comum cada vez mais educado através do sufrágio universal e a promoção de boas condições de funcionamento dos mercados vão nos levar ao limite possível da compatibilização da liberdade individual com a relativa igualdade e a eficiência econômica.”
Engels em 6 de março de 1895, na introdução de mais uma edição alemã da “Luta de Classes na França”:
“Graças ao uso inteligente que os operários alemães fizeram do sufrágio universal introduzido em 1866, o crescimento surpreendente do partido é tornado claro para todo o mundo por números incontestáveis ​​: 1871 = 102.000 ; 1874 = 352.000 ; 1877 = 493.000 votos socialdemocratas.
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E assim aconteceu que a burguesia e o governo passaram a ser muito mais temerosos com a ação legal do que com a ação ilegal do partido dos trabalhadores; com os resultados das eleições do que com a  rebelião.
Por aqui, também, as condições da luta tinha mudado fundamentalmente. Rebelião no estilo antigo, luta de rua com barricadas , que decidiu a questão em todos os lugares até 1848, tornou-se , em grande parte, ultrapassada.”

Qualquer semelhança não é mera coincidência.......

domingo, 9 de novembro de 2014

O Fetichismo da mercadoria, em Anselm Jappe.


"No seu nível mais profundo, o capitalismo não é, portanto, a dominação de uma classe sobre a outra, mas o fato, sublinhado pelo conceito de fetichismo da mercadoria, de que toda a sociedade está dominada por abstrações reais e anônimas."