Em 6 de março de 1895, 5 meses antes de sua morte
(5/8/1895), Engels produz um de seus mais amadurecidos ensaios, ao fazer a
introdução de mais uma edição alemã da “A Luta de Classes na França”. Um dos destaques
do texto é o sufrágio universal.
“Graças ao uso inteligente que os operários alemães
fizeram do sufrágio universal introduzido em 1866, o crescimento surpreendente
do partido é tornado claro para todo o mundo por números incontestáveis :
1871, 102.000 ; 1874, 352.000 ; 1877, 493.000 votos socialdemocratas.
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E assim aconteceu que a burguesia e o governo passaram
a ser muito mais temerosos com a ação legal do que com a ação ilegal do partido
dos trabalhadores; com os resultados das eleições do que com a rebelião.
Por aqui, também, as condições da luta tinha mudado
fundamentalmente. Rebelião no estilo antigo, luta de rua com barricadas , que
decidiu a questão em todos os lugares até 1848, tornou-se , em grande parte,
ultrapassada.”
Em 21 de
outubro de 2014, em sua coluna no Valor Econômico, Delfim Netto mais uma vez
enaltece o sufrágio universal: “Qual foi esse fundamental avanço
civilizatório? Foi o "emponderamento" do cidadão que o sufrágio
universal realizou no século passado.”
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