terça-feira, 11 de outubro de 2016

Reminiscência de um socialismo infantil...

Em sua coluna de hoje/11, no Valor Econômico, Delfim Netto, mais uma vez, faz referência (duas) a Marx. Com o título acima, faz um passeio pela evolução de suas convicções e registra que aos 17 anos era um “convicto socialista Fabiano”. Segue o trecho final do artigo:

“Os "mercados" estão longe de serem perfeitos. São uma construção do homem - um instrumento - que resolve de forma satisfatória o problema da coordenação, aumenta a produtividade do trabalho e reduz o tempo que ele precisa para atender a sua subsistência material, o que lhe dará cada vez mais tempo livre para realizar a sua humanidade.

Isso revela três fatos: 1) que a disciplina economia nunca poderá ser independente dos valores da sociedade que se quer construir; 2) que é melhor pôr de lado a "utopia" (sem esquecê-la) e aceitar, pragmaticamente, que não sabemos como construir uma sociedade "civilizada" sem o uso de mercados bem regulados; 3) que, como sempre souberam os economistas clássicos (e Marx), produzir é um problema técnico. Distribuir é um problema político, que cobra o seu preço no desenvolvimento de longo prazo...”

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